quinta-feira, 26 de junho de 2014

Uma... Adolescente comum?

... Era sabado, de madrugada, quando eu sinto uma dor no peito, e uma falta de ar tremenda, faço de tudo pra chamar meus pais, que me levam pro hospital de imediato. Eu, Madison, com 15 anos, diagnosticada com cancer. Com 73% de chances de cura.
Foi 2 anos de tratamento, quimios, terapia, depressao, visitas à grupo de apoio, remedios. E a minha sorte, era que eu tinha as melhores amigas do meu lado, me ajudando a enfrentar isso tudo, alem dos meus pais, eram elas que me confortavam. Foram assim meus 16, 17 anos, repleto de recaídas. Mas , dps disso a cura!
Era outro sabado, com 18 dessa vez, quando.... Hospital dnv.... Leucemia, com 45% de chances de cura. Man, eu era sortuda hein? Pelo amor de Deus, enfim, tudo dnvo, remedios, quimios, cabelos raspados, perucas, só nao entrei em depressao graças a Luh, a Feh e a Jujuba, e a experiencia que eu ja tinha :/
Nesses meses, eu me apeguei a um livro, A culpa eh das estrelas (ACEDE), que falava de.... Cancer, é que na verdade, eu sonhava em um romance assim, tirando a parte em que o cara morre, isso nao eh necessário u.u essa era uma das minhas qualidades, senso de humor, nas piores horas. Tipo o Augustus, cliche? Sempre, mas O.K
Domingo, de tarde, eu pedi pras gurias fazerem um elogio fúnebre pra mim, onde ambas responderam: ACEDE? Eh, elas me conheciam... Elas se recusaram, isso me deixa com raiva, eu tento me afastar elas nao deixam, eu sei que vou morrer, pq elas n entendem isso? Que nem diz Hazel Grace, eu sou uma granada. E tenho q diminuir os meus numeros de vitimas... O.K talvez eu tenha q parar de ler esse livro...
Segunda, de madrugada, recaida drastica, era pra mim ter morrido aquela hora, mas nao. E eu soh vi meus pais chorando, desesperados, aquilo me doeu mais doq a dor em si. E entao, a partir desde momento, eu tirei as esperanças la do fundo, e acreditei, e me esforçei.
Passou 1 ano, e decidi voltar a escola, primeiro, eu fiz o supletivo lógico, ja tinha 18 anos, dps eu fui pra faculdade de Medicina, na qual era colega das gurias, e bom, eu indo pra lá deixou meus pais extremamente contentes, isso q importava.
Segunda, de manha, eu fui pra aula, e DEUS o.o que menino era aquele? Era delírio, ou ele piscou pra mim? O.K falta de ar aq ........ ele sentou do meu lado e:
- qual seu nome?
- madison . . .
- eu sou o Rafa. Legal seu, aparelho respiratorio .
- ah, vlw ~sendo ironica~
- nao, nao era a intençao!
- tipo, magoar?
- é, eu nao magoo princesas
PARA TUDO*0*EU COREI ESSA HORA, DE CERTEZA . Salva pelo sinal do intervalo, ele foi jogar futebol com os guris, e eu fui olhar na arquibancada com as gurias. NAO. PERA. ELE...... ELE TIROU A CAMISA? O.K ele era musculosamente.....gato *-* dels, q mino perfeito.
Passou 1 ano, e eu fui me aproximando do Rafa, cada vez mais, e mais. Até que noticia boaaa! Finalmente, cancer curado com sucesso! eu mandei uma msg pras gurias e pro rafa, e começei a chorar de felicidade, eu havia vencido, eu era uma guerreira. O.K mas mais 2 meses com aquele maldito aparelho respiratório -.-' eu cheguei em casa, e o rafa tava la, me esperando. Aiiiiin eu lembrei do Augustus :) ele veio correndo e me abraçou forte, e sussurrou no meu ouvido " eu te amo tanto, minha guerreira " uma lagrima correu pelo meu rosto, me afastei 1 minuto dele, e olhei pros pftos olhos castanhos dele e disse "eu tmb te amo" e bom, agnt se beijou. dps ambos ficamos sem jeito, e ele foi pra casa, qndo eu entrei tava a Luh a Feh e Jujuba la, que correram me abraçar, e pulamos,gritamos, e choramos :') afinal. Eu tinha vencido, vencido meu maior inimigo, a morte!
Passou os 2 meses,  e me livrei daquele maldito aparelho, e faltava 1 semana pro meu aniversario! finalmente um aniversario sem cancer, dps de tanto tempo! eu nao quis festa, apenas fui no Starbucks com o rafa, a luh, a feh, e a jujuba, e lá o rafa me pediu em namoro ^-^ ain, foi tao pftooooo!!
E minha vida seguiu assim, o cancer nunca mais voltou, e eu continuei com o rafa, e feliz com minhas amgs, deixava meu cabelo crescer, pra cortar, e dar pras crianças que sofrem o mesmo q já sofri. E no meu tempo livre eu vou lá, nas instituiçoes, dar um pouco de alegria pra elas, e incentivar, afinal, eu nao desisti, e consegui!!E eu, caro diario, paro por aq, afinal suas paginas acabaram , e quero usar as ultimas pra lhe agradecer, pois aq, desabafei!

Obs.: inspirado em "A culpa é das Estrelas" & história fictícia :)

sábado, 12 de abril de 2014

Ser diferente é normal

Oi, me chamo Eliana. Tenho 13 anos. Sou filha adotiva de um casal gay. Na escola eu sofro bulling, todo dia me xingam e me batem, mas eu não tenho culpa de nada. E as palavras deles me atormentam dia e noite. Eu amo meus pais, mas porque não tenho uma família normal?

            Todo dia de manhã é a mesma coisa, eu chego em casa roxa, meus pais me olham com uma cara, como se a culpa fosse minha, eu sei que eles me amam, mas não demonstram isso ultimamente. Já se mudamos cinco vezes, e já troquei de escola oito vezes, mas é sempre a mesma coisa.
                Hoje na escola, um grupo veio pra cima de mim, e começou a dizer pra mim me matar, me socaram e me chamaram de gorda, de feia, me chutaram eu sangrei muito. Quando cheguei em casa eu pensei no que havia acontecido, e cheguei a conclusão que eu merecia isso.
            Era noite, quando eu fui descer as escadas pra jantar, meus pais estavam à mesa, eu sentei e comi, mas logo lembrei dos meus colegas me chamando de gorda, corri para o banheiro e coloquei o dedo na garganta, vomitei tudo. Meus pais foram correndo e me olharam com cara de decepção.
            Eu me senti sozinha, naquela mesma noite, no escuro do meu quarto, eu peguei uma faca na cozinha e me automutilei. Ouvir o barulho da faca rasgando minha pele como se fosse de papel, ver o sangue escorrendo. Eu merecia isso. Eu merecia.
            De manha tava um calor dos infernos, e eu tive que ir de moletom, e shorts pra escola, ou para aquela tortura, sofrer mais uma vez. Me chamaram de louca por estar com um moletom em pleno verão, mas eu não liguei. Não ligava para mais nada. Me bateram e eu não demonstrei emoção, nem dor.
            Cheguei em casa e fui falar com meus pais, falei tudo o que eu sofria, as palavras que me machucavam, mostrei meus pulsos. Eles ficaram muito mal, eles se sentiram pais horríveis e começaram a chorar e a pedir desculpas por não ter tomado atitudes. Eu os perdoei, eles disseram que me amam muito, e que iam prestar queixa por preconceito.
            Mais uma noite de sangue, eu havia me acertado com meus pais, mas a escola tava na mesma, toda a dor que senti naquela manha, foi descontada em meus pulsos. Não foi o suficiente, parti parar as coxas. Manchei meu lençol, manchei meu pijama, mas não tinha problema, eu precisava daquilo.
            De manha, outro dia de muito calor, eu de moletom e calça de abrigo. Partiu outra manha de tortura, cheguei na escola de fininho, e vi o “líder” do grupo que me batia falando que o pai e a mãe dele não o amavam, que a mãe era alcoólatra e o pai drogado. Isso foi uma vantagem pra mim, porque ao menos eu tinha pais que me amavam.
            Quando entrei na sala, o “líder” enxugou as lágrimas dele, e veio pra cima de mim, mas não, eu me manifestei:
            - Escuta aqui, Luís. Vai me bater por quê? Vai descontar sua dor e raiva em mim? O que eu te fiz? Só porque meus pais são gays? Mas quer saber? Eu tenho orgulho disso, pois eles são guerreiros, eles passaram por preconceitos, eles sofreram muito, e eles merecem ser feliz. E eles são. E outra, eu prefiro mil vezes ter dois pais que me amam, do que ter uma mãe e um pai que estão nem aí pra mim. Prefiro, porque eu sou feliz assim, eu tenho orgulho dos meus pais. ORGULHO.
            Quando parei de falar todos meus colegas me aplaudiram e Luís começou a chorar e saiu correndo, meus pais estavam na porta me ouvindo falar, pois foram falar com a diretora do colégio, eu olhei pra eles, e eles estavam vazando água.
            Por isso, eu digo a vocês: se vocês tem uma história como a minha, não fiquem calados sofrendo, busquem ajuda, e fale. Não deixe os outros fazerem mal a você, eles não são melhores que você. E quando achar que estará sozinha lembre-se de mim. Eu estarei com você, lhe dando ajuda. Eu te amo, do jeito que você é. Seja feliz assim, com sua vida, com sua família, seja ela do jeito que for.

OBS: história inventada por mim, totalmente fictícia :)